Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias (PPGDIP)
O Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias (PPGDIP) foi recomendado em 25/07/2007 após um intenso processo de criação, com a participação de um grupo de 15 pesquisadores/docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul liderados pelo Prof. Dr. Rivaldo Venâncio Cunha. Para a implantação do programa foram conduzidas reuniões quinzenais do grupo onde houve a deliberação de forma democrática sobre o regulamento do programa, a grade curricular, os objetivos e o perfil do profissional formado. O Programa foi criado após 10 anos de parceria entre a Fiocruz-RJ e a UFMS que começou em 1998 com projetos Minter e Dinter com os Programas: Biologia Parasitária e Medicina Tropical, ambos do Instituto Oswaldo Cruz, Fiocruz-RJ. Nesse intercâmbio foram formados 22 mestres e 6 doutores; muitos destes atuam como pesquisadores orientadores em nosso programa, atualmente. Cabe ressaltar que a parceria com Instituto Osvaldo Cruz foi importante, inclusive após a criação do Programa, pois permitiu o suporte de infraestrutura que na época era incipiente, o que possibilitou a concretização de muitos projetos, alavancando as pesquisas do grupo. O curso foi criado em 2007 com conceito 5 e, após 30 meses de funcionamento, foi submetido à primeira avaliação trienal da CAPES, em 2010. Em virtude de não haver uma produção científica que sustentasse o conceito 5, houve uma redução do conceito para nota 4. Na avaliação do quadriênio 2013-2016, o conceito subiu novamente para 5, período em que o Programa foi fortalecido com o amadurecimento dos grupos de pesquisas, com captação de recursos de financiamentos e parcerias interinstitucionais, nacionais e internacionais. Em 2021 houve uma renovação do quadro docente. Um edital de credenciamento de novos pesquisadores foi aberto e foram selecionados 4 novos docentes, que atenderam aos critérios do edital, por ordem decrescente de pontuação no quesito publicações científicas. Atualmente o programa conta com 20 pesquisadores orientadores, 16 permanentes e 4 colaboradores, em suas 5 linhas de pesquisa: “Clínica e epidemiologia das doenças infecciosas e parasitárias”; “Estudos sobre leishmanioses em Mato Grosso do Sul”, “Aspectos laboratoriais e epidemiológicos das infecções fúngicas, bacterianas e virais”, “Avaliação da resposta imune celular e humoral” e “Eco-epidemiologia de vetores de importância sanitária e parasitologia". Essas linhas de pesquisa estão alinhadas ao conjunto de docentes que desenvolvem seus projetos de modo integrado e multidisciplinar e ainda apresentam elevada experiência científica em seus respectivos campos de atuação. Desde sua criação até dezembro de 2019 foram formados 130 mestres e 47 doutores. A formação de mestres e doutores em nossa região (Centro-Oeste) tem contribuído muito com a provisão do quadro de recursos humanos da própria UFMS, quanto de outras instituições de pesquisa, como FIOCRUZ Mato Grosso do Sul, Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Universidade da Grande Dourados (Unigran), Faculdade Estácio de Sá, entre outras. Também tem contribuído para a formação de pessoal que atua na gestão da Saúde Pública municipal e estadual, bem como no quadro de profissionais que atuam na vigilância em saúde e na assistência ao paciente, qualificando a prestação de serviços, com a expertise da metodologia científica. Dessa forma o programa tem propiciado um ambiente de ensino-aprendizagem inter e multidisciplinar garantindo formação profissional e científica sólidas. Novas parcerias com instituições locais, estaduais e federais vêm sendo firmadas com o intuito de ampliar a produção técnico-cientifica e as possibilidades de trabalho, aumentando consideravelmente os recursos humanos e técnicos empregados para a execução dos projetos. Ainda, os docentes que participam do Programa de Pós-Graduação "stricto sensu" têm uma rede de cooperação com diversos pesquisadores de outras Instituições do país e do exterior, atuando no desenvolvimento de projetos de pesquisa, intercâmbio entre pesquisadores e orientandos de pós-graduação e iniciação científica para realização de treinamento e análises mais sofisticadas, de amostras obtidas in loco. A possibilidade, desde 2016, de defesas de dissertações e teses por videoconferência também tem facilitado a cooperação com pesquisadores de outras instituições.
- Prof. Dr. James Venturini, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias da UFMS.